"Descanse em paz", dizia a faixa na coroa de flores da entrada, mas como descansar quando a morte chega prematuramente aos dezoito? Confesso que não tive coragem de aproximar-me do caixão. Sabia que veria ali o rosto de meu filho que tem a mesma idade. Então só pude abraçar e beijar meu amigo Alvaro, pai de Alvinho, mesmo sabendo não haver consolo possível. A perda de um filho não cabe nas palavras. Resta-nos, apenas, o silêncio.
quarta-feira, 25 de maio de 2016
terça-feira, 10 de maio de 2016
A ERA DA RETÓRICA
Não basta botar o ovo: tem que cacarejar. Essa máxima se aplica à exposição que ganhamos com as mídias sociais. Não basta ter opinião: tem que postá-la. Errado? Não. O problema é acreditar na própria retórica, tornando inconciliáveis e intransponíveis diferenças normais e esperadas. Se é verdade que somos diferentes na maneira de ver o mundo, também o é que somos muito parecidos na forma de viver nesse mundo. É preciso compreender que nunca pensaremos todos do mesmo jeito e é bom que continuemos assim.
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