terça-feira, 30 de junho de 2015

VIVA O ESTADO LAICO!

Só o estado laico garante a liberdade religiosa. Isso porque a religião sempre foi uma eficaz ferramenta da tirania de determinados grupos contra outros. A religião é um direito, mas antes é uma faculdade de caráter individual, por isso deve ficar restrita aos lares e aos templos e longe da coisa pública. O estado laico deve ser defendido por todos, especialmente por quem tem uma fé religiosa, pois só assim o seu sagrado direito de crença será preservado. É claro que respeito quem pensa diferente, embora essa discordância apenas reforce o meu ponto de vista. 




quinta-feira, 25 de junho de 2015

POR AMOR À VIDA

Respeitar a vida alheia é o pacto social mais básico, elementar e fundamental. Quem mata outra pessoa deliberadamente ofende de modo irreparável toda a coletividade e, por isso, merece punição proporcional. Sem isso não há justiça. Não é justo dar segunda chance ao homicida porque a sua vítima não terá a mesma possibilidade. A complacência com o homicídio é, sobretudo, uma hipocrisia, um profundo desrespeito ao nosso mais valioso bem, o único insubstituível. É por amor à vida que defendo a pena de morte no caso de homicídio doloso. Mas ninguém quer sujar as mãos com isso. Afinal somos todos muito bondosos, não é mesmo?






segunda-feira, 15 de junho de 2015

VERGONHA

A coisa pública no Brasil não é percebida como algo de todos e sim como algo de ninguém. Falta-nos cidadania. Por isso se pratica tanta coisa errada sem qualquer sentimento de culpa, desde estacionar o carro em local proibido até usurpar quantias vultosas do erário. Há uma triste inversão de valores: censurar o comportamento ilegal é meter-se indevidamente na vida alheia; chamar a atenção de alguém é motivo de briga. Sempre tivemos esse caráter frouxo, impregnado de relativismos circunstanciais, a novidade agora é que perdemos a vergonha.  



terça-feira, 9 de junho de 2015

ADEUS ÀS ILUSÕES

A única ilusão que ainda defendo é a da liberdade. Não me permito mais o luxo de ter outras. Justamente em nome da liberdade é que respeito as ilusões alheias. Respeito, mas não as admiro. Isso porque, intimamente, decepciono-me com os tolos românticos ou oportunistas espertos que ainda as defendem. A realidade é sempre mais complexa e debaixo da nossa aparente e desejável normalidade há sempre muita contradição, dúvida e desamparo. Se a ilusão é o único porto seguro prefiro navegar em mar aberto.