quarta-feira, 4 de julho de 2012

FILHOS SEM RELIGIÃO


Embora tenha sido criado num lar católico, vivo hoje num lar sem religião. Não há orgulho nem vergonha nessa afirmação. Afinal, isso não nos torna melhores nem piores do que ninguém. Ao contrário do que se ouve, valores morais não dependem de valores religiosos. Uma coisa não exclui nem inclui outra necessariamente. Respeitar o próximo, por exemplo, é antes e sobretudo uma atitude de natureza moral. Por essa razão nunca tive dilema algum quanto à ausência de religiosidade na criação de meus filhos. E não falo isso da boca para fora, tanto que eles estudam num colégio de vocação católica. Uma vez, ao passarmos em frente à igreja Bom Jesus, no centro de Curitiba, o Gabriel, ainda bem pequeno, que olhava compenetrado aquela arquitetura alta, imponente e pontiaguda, disparou: bum, bum, bum, Castelo Rá-tim-bum. Sem dúvida, um efeito colateral. Fazer o quê?

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