quinta-feira, 21 de março de 2013

A SEPARAÇÃO DOS FILHOS

Coincidentemente Contardo Calligaris escreve hoje na Folha de S. Paulo sobre assunto que pensei nessa semana: o desejo de fugir de casa. De certo modo a relação entre pais e filhos adolescentes se assemelha à de um casal que pressente a separação. Sair de casa é desejo nutrido tanto por adolescentes quanto cônjuges frustrados. Filhos precisam e anseiam descobrir como é viver sem os pais, pois a presença paternal é sempre opressora, tanto para o bem quanto para o mal. Esse processo, todavia, não precisa nem deve ser repentino e, menos ainda, drástico. Precisa, sim, ser constante e irreversível. Nossos desejos em relação a quem amamos são numa parte bons e saudáveis, mas, em outra, maus e neuróticos. Enxergar isso, porém, nunca é tarefa fácil. 

2 comentários:

  1. Como diz um cliente e amigo: 'a vida é como uma roda de carroça'. As coisas tem uma sequencia mais ou menos natural, e com o tempo elas vão acontecendo. A independência dos filhos perante seus pais, tão desejada, é o caminho natural e esperado. Nosso desejo, enquanto pais, é que esta independência seja segura e sem as dificuldades e dores que sofremos quando nós declaramos a nossa perante nossos pais. Abs

    ResponderExcluir
  2. De fato, amigo Alberto, a vida é igual à roda de carroça, inclusive na sua precariedade. Obrigado por seu comentário. Abraço.

    ResponderExcluir