Não é preciso dizer o que aconteceu, está acontecendo ou mesmo deixando de acontecer em relação à Copa do Mundo que será realizada no Brasil. Alguém acreditou que não haveria corrupção e desorganização, caraterísticas tão próprias do caráter nacional? Aliás, o que me deprime não é a corrupção dos políticos, mas a nossa, pequena e vergonhosa, do dia a dia, que tão bem nos explica e escancara. Me pergunto sobre nossa alegria. Amamos festa e futebol. Será que iremos ficar de cara amarrada justamente quando somos os anfitriões? Com essa indignação hipócrita, colérica e cheia de pose, o brasileiro está deixando de ser bobo alegre para ser apenas bobo.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
VAIDADE
Materialização do recorrente desejo de distinguir-se da maioria, títulos, cargos e patentes causam fascínio desde sempre. Mas também limitam e escondem o que é ou foi uma pessoa. Se Fulano é Marechal, por exemplo, só consigo imaginar um militar cheio de medalhas. Então não vejo o pai, o marido, o amigo, o jogador de truco, o tocador de viola, que pode estar por detrás de seu imponente prefixo. Para mim nome e sobrenome bastam. Só eles são capazes de albergar toda a diversidade linda e banal de uma vida humana. Pode parecer contraditório, mas é isso que de fato nos distingue.
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