Materialização do recorrente desejo de distinguir-se da maioria, títulos, cargos e patentes causam fascínio desde sempre. Mas também limitam e escondem o que é ou foi uma pessoa. Se Fulano é Marechal, por exemplo, só consigo imaginar um militar cheio de medalhas. Então não vejo o pai, o marido, o amigo, o jogador de truco, o tocador de viola, que pode estar por detrás de seu imponente prefixo. Para mim nome e sobrenome bastam. Só eles são capazes de albergar toda a diversidade linda e banal de uma vida humana. Pode parecer contraditório, mas é isso que de fato nos distingue.
Olá Djalma, tua reflexão me fez lembrar uma musica do Paulinho da Viola. Pai, compositor, "mecânico", sambista entre outros predicados.
ResponderExcluirSegue:
Tinha eu 14 anos de idade
Quando meu pai me chamou
Perguntou se eu não queria
Estudar Filosofia Medicina ou Engenharia
Tinha que ser Doutor
Mas a minha inspiração
Era ter um violão
Para me tornar sambista
Ele então me aconselhou
Sambista não tem valor
Nesta terra de doutor
e seu Doutor
O meu pai tinha razão.........
Também gosto muito do Paulinho da Viola. Abraços.
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