terça-feira, 13 de maio de 2014

VAIDADE

Materialização do recorrente desejo de distinguir-se da maioria, títulos, cargos e patentes causam fascínio desde sempre. Mas também limitam e escondem o que é ou foi uma pessoa. Se Fulano é Marechal, por exemplo, só consigo imaginar um militar cheio de medalhas. Então não vejo o pai, o marido, o amigo, o jogador de truco, o tocador de viola, que pode estar por detrás de seu imponente prefixo. Para mim nome e sobrenome bastam. Só eles são capazes de albergar toda a diversidade linda e banal de uma vida humana. Pode parecer contraditório, mas é isso que de fato nos distingue.




2 comentários:

  1. Olá Djalma, tua reflexão me fez lembrar uma musica do Paulinho da Viola. Pai, compositor, "mecânico", sambista entre outros predicados.

    Segue:
    Tinha eu 14 anos de idade
    Quando meu pai me chamou
    Perguntou se eu não queria
    Estudar Filosofia Medicina ou Engenharia
    Tinha que ser Doutor

    Mas a minha inspiração
    Era ter um violão
    Para me tornar sambista
    Ele então me aconselhou
    Sambista não tem valor
    Nesta terra de doutor
    e seu Doutor
    O meu pai tinha razão.........

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