sexta-feira, 6 de junho de 2014

UM TAPINHA NÃO DÓI?

Em certas culturas é aceitável que o homem bata na própria mulher sempre que esta lhe desobedeça ou falte com o devido respeito. Arcaico, absurdo, revoltante? Pois bem, considero que, na mesma linha, a "Lei da Palmada" representa um avanço social na medida em que contraria o senso comum de que os pais têm o direito de imprimir castigos físicos aos filhos quando imbuídos de boa intenção. Não acredito no caráter educativo da violência, ainda que branda. Boa educação é fruto de bons exemplos, paciência e sabedoria. Já dei palmadas nos meus filhos e não me orgulho disso. Ao contrário, envergonho-me por não ter tido o suficiente controle da situação e de mim mesmo. Sim, é claro que as crianças precisam de limites bem claros, mas nós adultos também precisamos. 




2 comentários:

  1. Seu texto mistura a lei e a sua opinião particular de como se deve educar os filhos. Outra pessoa pode ter outra opinião. Isso demonstra o quão subjetiva, deformada e improdutiva poderá ser esta lei quanto aos efeitos práticos que irá produzir. Ademais, não prevê punição aos pais "malvados". Muita gente pode ser a favor de uma ou outra palmada em certas situações específicas e isso não poderá jamais ser considerado um castigo que causa sofrimento físico. Uma lei não deve consagrar a opinião pessoal de uma pessoa ou de um grupo de pessoas. Isso não combina com o que se entende por democracia. Uma lei desta natureza deve partir de fatos concretos e objetivos. Quando muito deve corresponder à uma expectativa média da sociedade e não à minoria. A propósito do tema o seguinte link: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/06/1465898-lei-da-palmada-nao-proibe-palmada-dizem-advogados.shtml

    ResponderExcluir
  2. Obrigado, por seu comentário e link, Mauro. Acredito que uma lei tenha a capacidade de fazer a sociedade evoluir, mesmo quando a maioria se mostra ignorante ou resistente. Abraços.

    ResponderExcluir