Na teoria a coisa pública é para ser de todos; na prática, porém, é vista como uma coisa de ninguém, por isso sempre passível de habituais e indevidas apropriações individuais. Falta-nos justamente a percepção de que a coisa pública é, de fato, de todos. Nesse cenário vacilante, o nosso caráter relativizador e frouxo deita e rola, tornando o cumprimento da lei algo meramente circunstancial. Talvez a vigilância constante e implacável da coisa pública e do espaço público resultasse, ainda que forçadamente, num avanço moral, porque se depender apenas do bom senso, isso vai levar ainda muito tempo.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
PAPA POP
Como não gostar do Papa Francisco? Sorridente, humilde, caridoso e sensível. Soa contraditório, porém, um Papa tão simples e franciscano liderar a Igreja Católica, um verdadeiro império econômico. Ao que tudo indica, a sua escolha teve como objetivo maior estancar uma constante evasão de fieis, já que seu antecessor, o nada carismático Papa Bento XVI, não conseguiu reverter esse quadro, embora culto e inteligente. Era então preciso dar uma cara nova e simpática a uma instituição historicamente tão sisuda. O que para muitos foi providência divina, para mim foi apenas uma acertada jogada de marketing.
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