Na teoria a coisa pública é para ser de todos; na prática, porém, é vista como uma coisa de ninguém, por isso sempre passível de habituais e indevidas apropriações individuais. Falta-nos justamente a percepção de que a coisa pública é, de fato, de todos. Nesse cenário vacilante, o nosso caráter relativizador e frouxo deita e rola, tornando o cumprimento da lei algo meramente circunstancial. Talvez a vigilância constante e implacável da coisa pública e do espaço público resultasse, ainda que forçadamente, num avanço moral, porque se depender apenas do bom senso, isso vai levar ainda muito tempo.
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