quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Atle-Tiba

Julho de 1975 me traz duas lembranças: a neve em Curitiba e o primeiro jogo entre Atlético e Coritiba que assisti ao vivo. Até então, só através das emocionantes e ilusórias transmissões do rádio. Depois vieram as finais do campeonato paranaense de 1978. Três jogos que terminaram empatados, forçando uma inesquecível disputa por pênaltis. Mas a partir de 1980, já com doze anos, passei a frequentar assiduamente esses clássicos, quase sempre na companhia de meu irmão atleticano. Detalhe: perto do estádio, seguíamos lados opostos, cada qual para sua torcida. Torcidas, aliás, que não eram tão "organizadas" a ponto de arquitetar enfrentamentos bárbaros nos terminais de ônibus. Curiosamente quando penso no Atlético não sinto raiva nem desprezo. Afinal ele é um velho conhecido e faz parte da minha vida tanto quanto meu glorioso Coritiba. O futebol, metáfora inexorável da vida, também vive e sobrevive de fatais dualidades. Assim, quanto mais forte estiver o Rubro-negro melhor, porque mais forte precisará estar o meu Alviverde. Domingo, dia 20 de fevereiro de 2011, todos os caminhos levarão ao Couto Pereira, quando mais uma página dessa história será escrita (a de n. 345) e eu lá estarei com minha mulher e meus filhos, vibrando como sempre, pois num dia singular como esse não dá para fazer ou pensar em outra coisa.










6 comentários:

  1. Djalma realmente os atletibas de hoje não são como os de antigamente, pois o futebol de hoje já não é mais como era, o jogador tinha amor pelo clube e o passe do jogador pertencia ao clube que o negociava com outros clubes, hoje apareceu uma raça que se chama empresario e que esta cada vez mais acabando com o ele atleta clube

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  2. É, realmente, tudo muda Geraldo. Algumas coisas para melhor e outras, infelizmente, para pior. Mas acho que a emoção do torcedor é sempre a mesma.

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  3. Em sucintas palavras, pouco mais de três décadas de histórias que se misturam. A sua e a do time. Relembrar também é viver. Bjs

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  4. GENIAL!!! Estou encantado com esse texto! E olha que eu nem gosto de futebol. Parabéns, vi nessas linhas algo que há muito eu aguardava. É a pura arte da escrita. Continue...

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  5. Obrigado, Winston, pelo comentário que, vindo de você, leitor cético, ganha especial significado. Abraço.

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