Julho de 1975 me traz duas lembranças: a neve em Curitiba e o primeiro jogo entre Atlético e Coritiba que assisti ao vivo. Até então, só através das emocionantes e ilusórias transmissões do rádio. Depois vieram as finais do campeonato paranaense de 1978. Três jogos que terminaram empatados, forçando uma inesquecível disputa por pênaltis. Mas a partir de 1980, já com doze anos, passei a frequentar assiduamente esses clássicos, quase sempre na companhia de meu irmão atleticano. Detalhe: perto do estádio, seguíamos lados opostos, cada qual para sua torcida. Torcidas, aliás, que não eram tão "organizadas" a ponto de arquitetar enfrentamentos bárbaros nos terminais de ônibus. Curiosamente quando penso no Atlético não sinto raiva nem desprezo. Afinal ele é um velho conhecido e faz parte da minha vida tanto quanto meu glorioso Coritiba. O futebol, metáfora inexorável da vida, também vive e sobrevive de fatais dualidades. Assim, quanto mais forte estiver o Rubro-negro melhor, porque mais forte precisará estar o meu Alviverde. Domingo, dia 20 de fevereiro de 2011, todos os caminhos levarão ao Couto Pereira, quando mais uma página dessa história será escrita (a de n. 345) e eu lá estarei com minha mulher e meus filhos, vibrando como sempre, pois num dia singular como esse não dá para fazer ou pensar em outra coisa.
Djalma realmente os atletibas de hoje não são como os de antigamente, pois o futebol de hoje já não é mais como era, o jogador tinha amor pelo clube e o passe do jogador pertencia ao clube que o negociava com outros clubes, hoje apareceu uma raça que se chama empresario e que esta cada vez mais acabando com o ele atleta clube
ResponderExcluirÉ, realmente, tudo muda Geraldo. Algumas coisas para melhor e outras, infelizmente, para pior. Mas acho que a emoção do torcedor é sempre a mesma.
ResponderExcluirEm sucintas palavras, pouco mais de três décadas de histórias que se misturam. A sua e a do time. Relembrar também é viver. Bjs
ResponderExcluirÉ verdade, Deborah. Bjs.
ResponderExcluirGENIAL!!! Estou encantado com esse texto! E olha que eu nem gosto de futebol. Parabéns, vi nessas linhas algo que há muito eu aguardava. É a pura arte da escrita. Continue...
ResponderExcluirObrigado, Winston, pelo comentário que, vindo de você, leitor cético, ganha especial significado. Abraço.
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