Uma pessoa não perde a inteligência com a idade, mas a beleza sim, impiedosamente. Outro dia vi no mercado uma mulher na casa dos sessenta que tinha uma tristeza no olhar. Imaginei que essa tristeza fosse a de quem se sente apenas uma caricatura de si mesma, de quem sabe que seus dias de esplendor e exuberância ficaram há muito para trás. Sim, envelhecer é inevitável, mas quando a beleza é um traço definidor da própria identidade, isso pode ser especialmente doloroso. Talvez devêssemos valorizar mais a serenidade que a maturidade pode trazer e menos a beleza superficial da juventude. Será que algum dia a gente consegue?
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