Um menino chama a irmã de gorda. O pai repreende-o, dizendo que ela sente-se mal por sua obesidade e, por isso, fica triste cada vez que ele a insulta. Ciente disso, o menino, como era de esperar, segue provocando a irmã. Ou seja, a intervenção desse pai foi ineficaz. Isso porque, ao contrário do que se diz, proteger alguém com base na sua diferença apenas reforça o sentimento de inferioridade. É a igualdade, e não a diferença, que deve nos definir. Esse é o sentimento a ser estimulado, respeitado e preservado, acima de qualquer diferença. É a certeza de que todos somos iguais que nos torna fortes e independentes, inclusive da condescendente proteção alheia.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
O QUE NOS ESPERA?
O fundamentalismo religioso cresce no mundo e no Brasil. Religiões com códigos de conduta rígidos e restritivos proliferam não apenas por conta da histórica ignorância humana, mas também pela crescente fragilidade dos valores morais. Nesse cenário, elas oferecem a firmeza e as regras que as pessoas tanto precisam. Isso porque, no fundo, a liberdade assusta, e é sempre mais cômodo ter quem nos diga o certo e o errado. O grande perigo desse fundamentalismo, porém, está na política, pois seus representantes estarão sempre dispostos a legislar contra os direitos e as liberdades individuais. Estaríamos diante de uma nova Idade Média?
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
O MEU PÂNICO
O primeiro surto foi no ano em que completei 40. Medo, pavor, suor, taquicardia, tremores, sensação de morte iminente. Hospital: nada. Exames: nada. Sorrateiras, as crises ocorriam sempre no meio do sono, de madrugada. Enfrentei a doença do pânico e da ansiedade apenas com sessões de análise. Com o tempo, percebi que o melhor remédio era respirar e esperar. Então as crises foram ficando cada vez mais espaçadas e há uns três ou quatro anos estou bem, porém o medo de ter medo é um sentimento persistente. Sim, cada caso é um caso, mas consciência e paciência são fundamentais para enfrentar as horas mais escuras. Além, é claro, de uma mão para segurar. Por sorte eu sempre tive uma.
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
A BICICLETA NO TRÂNSITO
Humanizar as relações no trânsito é uma necessidade. Já a participação da bicicleta nesse processo merece ser repensada, pois o trânsito foi concebido apenas para automotores e pedestres que, devido à disparidade física, não dividem o mesmo espaço. Então somente as ciclovias, e não as ciclofaixas, podem oferecer segurança aos ciclistas. Acidentes acontecem, por imprudência ou por meras falhas humanas, e mesmo a boa educação não elimina o seu risco por completo, risco esse que todos assumimos, ativa ou passivamente, como motoristas ou pedestres. Enquanto em acidentes entre carros na cidade a regra é resultar apenas danos materiais, nos acidentes entre carro e bicicleta a vida do ciclista estará sempre por um fio.
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