Não há razão para existir cemitérios: nem para materialistas nem para espiritualistas. Se os primeiros creem na finitude da vida, e os segundos, na sua infinitude, não há lógica para o custo da manutenção física da memória dos que já se foram. Assim, como mortos vivem apenas na lembrança dos vivos, cemitérios só persistem por causa da eterna cobrança social de como devemos agir (até na hora da morte) e porque há um inequívoco apelo comercial. Sou contra, inclusive, a exposição constrangedora dos velórios, mas isso já é outra conversa.
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