Não é novidade dizer que somos dissimulados desde sempre. A ordem humana é, mais do que ser, parecer ser. Somos assim porque vivemos em sociedade e nela o jogo das aparências conta muito. Atualmente as redes sociais se prestam a deixar isso ainda mais evidente. Nelas todos tentam fazer a melhor figura possível. Errado? Óbvio que não. Afinal, todos são livres para ser ou parecer ser o que quiser. Muitas vezes é o que nos resta numa vida tão massificada e repetitiva. Mas o que me chama a atenção nisso é que, ao contrário do adágio, as aparências não enganam. Basta ter olhos. Exemplo: se tento passar determinada imagem de mim mesmo, talvez até consiga impressionar aqueles que têm o mesmo desejo. Porém meu objetivo maior não será outro senão impressionar a mim mesmo, numa tentativa de confirmação de quem desejo ser ou apenas parecer ser. Nesse caso, a tela do computador funciona como um espelho que só reflete o que desejamos ver.
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