Se o preconceito é um conceito prévio, seria correto dizer que ele nasce de uma experiência de vida. Seria mas não é. O preconceito é uma perspectiva torta, baseada numa presunção simplista de que é possível julgar pessoas pela superfície e não por seu conteúdo. O preconceito é um sintoma de desajuste emocional diante da vida que pode ser reforçado por imitação ou pelo desejo de aceitação. Não adianta negar: todos temos preconceito, ainda que por objetos e intensidades distintas. E por ser algo que vai muito além do raciocínio consciente, campanhas governamentais de conscientização não alcançam seu objetivo, tampouco a criação de cotas sociais trazem bons frutos, quer seja por partirem da premissa preconceituosa de tratar iguais de modo desigual, quer seja pelo desserviço à auto-estima daqueles a quem se quer beneficiar. Não cabe ao Estado a pretensão de ensinar a viver; a sociedade já tem mecanismos para coibir e punir a violência contra qualquer pessoa, ainda que por vezes ineficientes. Nota: disse qualquer pessoa porque esta condição se sobrepõe a qualquer outra qualificação. A questão não é viver sem preconceito, isso não é possível, mas de viver em sociedade apesar do preconceito.
Isso mesmo lendário amigo. O preconceito vem do julgamento, mas quantas informaçôes sobre a pessoa ou a situação são necessárias para fazer um julgamento justo? Não creio que alguém possua essas informações, portanto o julgamento não procede e consequentemente nem o preconceito. Forte abraço. WS
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