Um amigo fez as pazes com seu pai num templo budista: perdoou e sentiu-se perdoado. Bonito, sem dúvida. Mas o fato de o pai ter morrido muitos anos antes disso foi fundamental para o desfecho pacífico da história. Relacionamentos são complicados, uns mais outros menos. Isso porque temos todos carências, vontades e necessidades não atendidas por quem amamos. Aliás, é fácil identificá-las em si próprio. Difícil é identificar essas mesmas carências, vontades e necessidades no outro. Por essa razão, relacionamentos só funcionam quando bilaterais e recíprocos, em intenções, sentimentos e atitudes. Caso contrário, há sempre muita dor, frustração e mágoa. Só mesmo a morte para resolver um relacionamento que a vida não deu conta de fazê-lo. Na verdade, nesse caso, não se resolve: o que se faz são as pazes com a própria consciência.
Verdade, relacionamentos são dificilimos, nem sempre, a meu ver, a morte resolve, muitas vezes é bom tentar resolver tudo em vida ou ceder em algumas coisas...o que me questiono as vezes é se esse pai, mesmo depois de morto, não teve nada haver com esse perdão...
ResponderExcluirNão sei se em espírito, como você implicitamente sugere, Luciano, mas em memória certamente. Obrigado por mais um comentário instigante. Abraço.
ResponderExcluir