Versos eternos
Vês?, meu
querido irmão.
Hoje foi o dia
da tua morte
Estás entregue
à própria sorte
Bem a sete
palmos do chão!
Estás morto
irremediavelmente.
Nenhum anjo se
compadeceu
Nenhuma luz
sequer apareceu
Para trazer-te
à vida novamente.
Assim teu corpo, já sem vida,
Com o eterno pó
fará aliança
E, fadado à
paz esquecida,
Terás como
derradeira lembrança
O riso infame
da morte - essa bandida -
Triunfando
sobre tua última esperança!
11/11/1997
- modesta homenagem a Augusto dos Anjos (20/04/1884 - 12/11/1914), autor do inesquecível soneto "Versos íntimos".
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