A mensagem passada de pais para filhos muda com o tempo. A geração de meus pais, por exemplo, recebeu a seguinte: Trabalhem! Não há futuro para quem não trabalha. Diziam isso, talvez, por acharem que não trabalharam o suficiente. A minha geração recebeu outra: Estudem! Não há futuro sem um diploma universitário. Isso porque aquela geração sentia que poderia ter ido mais longe na vida se tivesse graduação superior. Como se vê, é a frustração de uma geração que irá nortear o tipo de mensagem que a próxima receberá. E qual a mensagem que fica para a nova geração? Antes, porém, é preciso dizer que os pais atuais sentem-se frustrados porque a vida tecnológica não trouxe a felicidade prometida. Assim, perplexos e sem rumo, tentam desesperadamente prover seus filhos de qualquer necessidade física ou emocional, numa débil tentativa de protegê-los dessa vida real e sem sentido que tanto os atormenta. Nesse contexto, conclui-se que a mensagem de hoje é bela porém absolutamente vazia: Seja feliz, meu filho! Faça só o que te dá prazer. Uma mensagem tão cínica e cruel como essa só poderia resultar numa geração ainda mais perdida, mais sem rumo, com jovens infantilizados que passam a maior parte do tempo anestesiados na frente de seus eletrônicos de ponta, mas que sabem pouco, muito pouco, da vida como ela é.
Será que existe um ponto ideal entre os estóicos e os hedonistas? O que você sugere? Beijos...
ResponderExcluirBoa pergunta, Vanessa, boa pergunta. Bj
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