quarta-feira, 4 de abril de 2012

APRENDER PARA ESQUECER

Professores pensam que ensinam; alunos pensam que aprendem. Para que o ensino seja mais efetivo e qualificado penso ser necessária uma reforma em seu conteúdo, tornando-o mais flexível, enxuto e pragmático. Sim, há disciplinas que devem ser ensinadas à exaustão, como língua portuguesa (e inglesa), história, filosofia, lógica e geografia, pois pensar bem, comunicar-se bem e situar-se no tempo e no espaço, mais que direito, é necessidade. Mas outras, como matemática, física, biologia, etc, deveriam limitar-se a conceitos básicos, justamente para fixar a sua compreensão. O aprofundamento dessas disciplinas seria facultado àqueles que demonstrassem pendor e interesse. Outra coisa: não é estranho o computador estar em todos os lugares menos na sala de aula? Lá, e apenas lá, a escrita manuscrita ainda reina absoluta. A propósito, por que não se ensina digitação na escola? Tudo muda o tempo todo (e cada vez mais rapidamente), mas esse modelo escolar ineficaz é o mesmo há mais de século. É aprender para esquecer.  

4 comentários:

  1. Olá Djalma, é... isso rende uma boa reflexão! Será que deixar o conteúdo enxuto e pragmático é suficiente para torná-lo torna mais atrativo? Talvez o problema não seja de quantidade de conceitos, mas de forma.

    Como seria mostrar ao aluno todo o encantamento que a biologia pode ter, assim como a física? Pra mim, o X da questão é o COMO e não o O QUÊ. Até porquê se enxugarmos alguns conteúdos em detrimento de outros, daí como fica o despertar do interesse de alguns para os temas que citou (biologia, matemática...)se eles tiverem apenas poucas e incipientes referências a respeito? Quem define qual é mais prático e útil? O que seria da vida sem a visão geral de vários saberes "universais", como a matemática e a física? Adoro história, português e todas as humanas, mas vejo que aprender as demais disciplinas, que não foram tão interessantes para mim, também teve sua função na minha formação. Obrigada!

    ANA PAULA DORING

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  2. Gostei muito!

    [ ]s Juca

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  3. Obrigado, Ana e Juca, pela leitura e comentários. Abraços.

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  4. Achei oportunas e interessantes suas ponderações, Ana. Mas não acho que para despertar o interesse de alguém para algo seja necessário o conhecimento aprofundado. Ninguém precisa aprender uma infinidade de equações para descobrir se gosta ou não de matemática... Não nego a importância do conhecimento, seja ele de qualquer natureza. Aliás, se tem algo que eu realmente respeite na vida é a ciência do conhecimento. De qualquer forma, acho que o ensino, tamanha é a sua importância, deveria ser revisto e repensado. Abraço grande.

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