APRENDER PARA ESQUECER
Professores pensam que ensinam; alunos pensam que aprendem. Para que o ensino seja mais efetivo e qualificado penso ser necessária uma reforma em seu conteúdo, tornando-o mais flexível, enxuto e pragmático. Sim, há disciplinas que devem ser ensinadas à exaustão, como língua portuguesa (e inglesa), história, filosofia, lógica e geografia, pois pensar bem, comunicar-se bem e situar-se no tempo e no espaço, mais que direito, é necessidade. Mas outras, como matemática, física, biologia, etc, deveriam limitar-se a conceitos básicos, justamente para fixar a sua compreensão. O aprofundamento dessas disciplinas seria facultado àqueles que demonstrassem pendor e interesse. Outra coisa: não é estranho o computador estar em todos os lugares menos na sala de aula? Lá, e apenas lá, a escrita manuscrita ainda reina absoluta. A propósito, por que não se ensina digitação na escola? Tudo muda o tempo todo (e cada vez mais rapidamente), mas esse modelo escolar ineficaz é o mesmo há mais de século. É aprender para esquecer.
Olá Djalma, é... isso rende uma boa reflexão! Será que deixar o conteúdo enxuto e pragmático é suficiente para torná-lo torna mais atrativo? Talvez o problema não seja de quantidade de conceitos, mas de forma.
ResponderExcluirComo seria mostrar ao aluno todo o encantamento que a biologia pode ter, assim como a física? Pra mim, o X da questão é o COMO e não o O QUÊ. Até porquê se enxugarmos alguns conteúdos em detrimento de outros, daí como fica o despertar do interesse de alguns para os temas que citou (biologia, matemática...)se eles tiverem apenas poucas e incipientes referências a respeito? Quem define qual é mais prático e útil? O que seria da vida sem a visão geral de vários saberes "universais", como a matemática e a física? Adoro história, português e todas as humanas, mas vejo que aprender as demais disciplinas, que não foram tão interessantes para mim, também teve sua função na minha formação. Obrigada!
ANA PAULA DORING
Gostei muito!
ResponderExcluir[ ]s Juca
Obrigado, Ana e Juca, pela leitura e comentários. Abraços.
ResponderExcluirAchei oportunas e interessantes suas ponderações, Ana. Mas não acho que para despertar o interesse de alguém para algo seja necessário o conhecimento aprofundado. Ninguém precisa aprender uma infinidade de equações para descobrir se gosta ou não de matemática... Não nego a importância do conhecimento, seja ele de qualquer natureza. Aliás, se tem algo que eu realmente respeite na vida é a ciência do conhecimento. De qualquer forma, acho que o ensino, tamanha é a sua importância, deveria ser revisto e repensado. Abraço grande.
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