No passado os papéis eram definidos universalmente: homens eram os provedores (do dinheiro e da segurança) e mulheres, as cuidadoras (do lar e dos filhos). Isso não significava que na intimidade realmente fosse o homem que mandasse na casa porque, desde sempre, há dominadores e dominados de ambos os sexos. Assim, uma vez atendidos os papéis sociais, o casal sentia-se adequado e não sofria de infelicidade social (só a íntima, comum a todos casamentos). Hoje, com a mulher no mercado de trabalho, os papéis do homem e da mulher deixaram de ser universais, o que trouxe muita angústia e desacerto porque o olhar social (soma das opiniões individuais expressadas coletivamente) não mudou na mesma velocidade. Há portanto um descompasso entre a realidade e a visão que todos têm de como deve ser um homem e uma mulher. É evidente que há casais onde a mulher é a provedora e o homem o cuidador, mas eles ainda enfrentam o preconceito. Se for só o alheio, eles poderão vencer a batalha, mas se for o próprio, será um relacionamento de morte anunciada.
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