sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ANO QUE MORRE; ANO QUE NASCE

Iluminado o primeiro homem que começou a contar o tempo. Mais que números, essa contagem nos deu sentido e materialidade existencial, pois sem ela a vida perderia, e muito, em perspectiva. Segundos, horas, dias, anos, prestam-se, basicamente, para melhor contarmos a nossa própria história. Mas é na virada de cada ano que o tempo ganha contorno e referência maiores, numa metáfora de nós mesmos, tão fatal quanto linda, celebramos a chegada do ano que nasce ao mesmo tempo em que nos despedimos do ano que morre. Ou seja, celebramos a vida apesar de estarmos cada vez mais próximos da morte.
















4 comentários:

  1. Muito legal o post. Contamos o tempo para conseguirmos compreender a nossa caminhada existencial. Podemos olhar para trás e avaliar o que passou. Também temos a possibilidade de olhar para frente e acertar o passo. Viva o tempo, que nos renova a cada dia.

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  2. Parabéns por este texto. Bom Ano pra todos! [ ]'s Juca.

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  3. Obrigado, amigos queridos. Bom ano para vocês, Deborah e Juca!

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  4. Muito bom, Djalma. Faz lembrar o Drummond:

    "Quem teve a idéia de contar o tempo em fatias,
    a que se deu o nome de ano,
    foi um indivíduo genial,
    industrializou a esperança fazendo-a
    funcionar no limite da exaustão.
    Doze meses dão para qualquer ser humano
    se cansar e entregar os pontos.
    Aí entra o milagre da renovação.
    Tudo começa outra vez.
    Com outro número e outra vontade de acreditar
    que daqui por diante vai ser diferente."

    Abraço e Feliz 2011.

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