Posso dizer que me alfabetizei apenas aos dezoito anos de idade, apesar de ter aprendido a ler e escrever muito antes. Isso porque foi só na maioridade que conheci o mundo maravilhoso dos LIVROS. Desde então nunca mais abandonei a companhia silenciosa, paciente e calma de um livro: romances (históricos ou ficcionais), crônicas, infantis, ensaios, contos, auto-ajuda (confesso, mas não pequei mais!). Alguns amei outros nem tanto, mas raros odiei. Com o tempo passei a conhecer o livro pela capa. Não ousaria elaborar uma lista dos melhores, talvez apenas dos inesquecíveis, mas nominá-los não teria sentido porque cada livro toca (ou não) seu leitor de modo e intensidades diversas. Como todo leitor, tenho manias: gosto de livro novo, com cheiro, sabor e frescor, como um amante possessivo e exigente. É claro que os meus não estão mais novos; envelheceram junto comigo.Temos então uma relação amistosa de velhos amigos. Gosto de olhá-los, manuseá-los, folheá-los e relê-los em trechos pequenos. Poucas visões me encantam tanto quanto a de uma estante repleta de livros. Diga-me com quem andas que te direi quem tu és, diz o dito, mas com livros a frase poderia ser outra: diga-me o que lês, que te direi quem imaginas ou sonhas ser. É só na imaginação e nos sonhos de seu leitor que um livro vive plenamente.
Muito bom! Você soube transmitir o que é essencial para quem nutre amor pelos livros.
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