EU NÃO AMO OS POBRES
Não é uma declaração de ódio social. Para não ser mal compreendido, explico: não amo nem odeio os pobres. Isso porque não me parece razoável amar pessoas coletivamente e, menos ainda, por sua condição sócio-econômica. Sou capaz de amar ou odiar pessoas, mas individualmente e por razões alheias às suas finanças. Por isso sempre estranho uma declaração de amor aos pobres. Primeiro, porque me parece segregativa, como se pobres pertencessem a uma categoria específica de seres humanos. Note que quem diz amar os pobres está a dizer, em via oblíqua, que não é um deles. Segundo, porque não se é pobre ou rico, mas se está pobre ou rico. Não há, em regra, segurança nem definitividade numa coisa nem noutra. Elas são sempre circunstanciais. Não é novidade dizer que amar os pobres é provavelmente uma forma de aplacar o sentimento de culpa por um mundo tão desigual e injusto. Mas me pergunto se essa "consciência social" não seria a nova roupagem da velha culpa católica...
Pobreza e riqueza... Acho que a dúvida aqui é sobre compaixão. Quando se diz "amar aos pobres" entendo como ame e ajude a quem precisa, a quem você não conhece. Difícil para todo ser humano, cristão ou não. A verdade é que vivemos num mundo cada vez mais carente de amor. E a solução para nosso mundo e injusto é o AMOR. Esse amor que mudou as leis antigas, que resumiu todos os mandamentos numa palavra... Que é tão difícil de se por em prática... Abração!
ResponderExcluirGasperin, O amor universal é sonhado pelo homem desde que o mundo é mundo. E se esse sonho nunca se tornou realidade é porque somos animais cujo instinto selvagem de sobrevivência acaba sempre prevalecendo, apesar de nossas sinceras boas intenções. Abraço grande.
ResponderExcluirÒtima reflexão sobre nossas "Bondades".
ResponderExcluirSou uma negação como consciência social. Penso mas pouco faço, com algumas exceções. Procuro fazer pelos mais próximos, em atos onde a caridade não se cultua. Se isto nos tira a culpa? Sim, por certo alimenta esta e outras necessidades de aceitação. Mas é uma mazela menor frente ao bem realizado e se de fato ajuda alguém em momento difícil. Nada fazer me entristece, pois é um dos meus vários "acomodamentos".
Também procuro ser caridoso e generoso com as pessoas que me cercam, mas caridade e generosidade são conceitos relativos. Concordo, porém, que agir é sempre melhor (e mais útil) do que simplesmente se omitir.
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