O RATO E O GAVIÃO
Não, esta não é uma fábula de moral edificante. Ao contrário, trata-se de uma história real e sem moral alguma. Eis o fato: em frente à minha casa, um gavião acabava de dar um voo rasante. Trazia nas garras um rato enorme, recém catado na sarjeta. Em seguida, predador e presa, estavam no telhado vizinho. O meu ponto de visão era privilegiado, parecia até programa de TV a cabo. A ave deixou o roedor, já morto, a um metro de si. Perscrutava a existência de algum risco. Não havia, porém, nenhuma ameaça. Só pássaros menores, que voavam a certa distância movidos por curiosidade e excitação. Até que, finalmente, deu-se início ao banquete macabro. Como não é educado assistir refeição alheia, tratei de cuidar da vida. Não são poucos os defeitos do ser humano, mas é sua mente criativa e seu coração sensível que dão sentido a esse mundo natural onde, em nome da sobrevivência, impera a matança generalizada.
Que imagem feliz, caro amigo. A cadeia alimentar se mostra inexorável, ratos não comem gaviões. Somente o ser humano foi capaz de quebrá-la e se transformar, de animal fraco e com poucas habilidades, no maior predador do planeta.
ResponderExcluirVocê tem razão, Jocelino. Abraço grande.
ResponderExcluirAh... Feliz daqueles que possuem esse coração e agem sempre pelo bem. Porque por muito menos que comida matamos. E matamos em massa quando se envolve interesses financeiros.
ResponderExcluirObrigado pela leitura e comentário, Gasperin. Abraço forte.
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